quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sob a branca tez
Sob o manto cutâneo
Sob a clara organza
Um emaranhado de arabescos sanguíneos
Um corpo inteiro bordado

Tu, menina,
Tu e teus traços rendados
Em margens lacustres
Por mãos lacustres
mãe lacustre
Tu e esses teus fios incrustados

Dizem ser sangue contido, o motivo da arte
Hemo-limites
Digo que não
Digo que é o mar, a lagoa,
Escapado
Que te tomou o corpo, para ganhar mundo

Um comentário:

  1. Ó, Alagada!
    Quanto do teu sururu
    não vem da Lagoa de Mundaú?
    Oxalá de alegria-alagante
    de não-saudade-acabrunhante (ou não-acabrunhada-saudade?)
    esses versos tecidos pelo
    remendo-de-gente-arremedo-lacustre
    que só se acaba (ou só começa?)
    num mergulho na lagoa na Manguaba!

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