Sob a branca tez
Sob o manto cutâneo
Sob a clara organza
Um emaranhado de arabescos sanguíneos
Um corpo inteiro bordado
Tu, menina,
Tu e teus traços rendados
Em margens lacustres
Por mãos lacustres
mãe lacustre
Tu e esses teus fios incrustados
Dizem ser sangue contido, o motivo da arte
Hemo-limites
Digo que não
Digo que é o mar, a lagoa,
Escapado
Que te tomou o corpo, para ganhar mundo
Ó, Alagada!
ResponderExcluirQuanto do teu sururu
não vem da Lagoa de Mundaú?
Oxalá de alegria-alagante
de não-saudade-acabrunhante (ou não-acabrunhada-saudade?)
esses versos tecidos pelo
remendo-de-gente-arremedo-lacustre
que só se acaba (ou só começa?)
num mergulho na lagoa na Manguaba!