Até cai leve a chuva de domingo,
mas escorre enxurrada.
As plácidas caras de quem vem lá,
acompanham-se de estrondosos roncos automotivos.
Os passos rápidos,
contribuem inconscientes percussões.
A cidade não sussurra.
A cidade não geme.
Dor ou prazer, a cidade grita.
- Constrangida, miro as silentes árvores deslocadas. O chão é seu, mas nunca lhes pareceu tão alheio. É dos ladrilhos que reverberam Urbanidade.
domingo, 16 de outubro de 2011
O amor que tive,
todo ele,
me entranhou,
primeiro sempre,
olhar adentro.
O olhar do amor,
do todo amor que tive,
fotografou-se
diante de mim,
e deixou-se em registro.
A fronte do amor,
percebo agora,
sempre altiva,
mirou-me sempre
em desafio.
A memória dos que foram,
A chegada de quem é,
lembro como maneira, como fitam e me revelam.
Desvelou-se que amo, quem me desvela.
todo ele,
me entranhou,
primeiro sempre,
olhar adentro.
O olhar do amor,
do todo amor que tive,
fotografou-se
diante de mim,
e deixou-se em registro.
A fronte do amor,
percebo agora,
sempre altiva,
mirou-me sempre
em desafio.
A memória dos que foram,
A chegada de quem é,
lembro como maneira, como fitam e me revelam.
Desvelou-se que amo, quem me desvela.
sábado, 15 de outubro de 2011
Vive como quem vive em impasse.
E a vida escorre, não sem dor,
porque escorre em tempo, mas permanece em questão.
Peço que alivie, que sossegue,
mas parece não esquecer nunca que não lembra a que veio.
Parece não lembrar que lembra
que a vida é sempre percorrer.
Mas que o passo é custoso. É.
Mas que pesa o corpo. Pesa.
Resta o que inspira.
A leveza concreta das vontades convictas.
E a vida escorre, não sem dor,
porque escorre em tempo, mas permanece em questão.
Peço que alivie, que sossegue,
mas parece não esquecer nunca que não lembra a que veio.
Parece não lembrar que lembra
que a vida é sempre percorrer.
Mas que o passo é custoso. É.
Mas que pesa o corpo. Pesa.
Resta o que inspira.
A leveza concreta das vontades convictas.
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